A procura por informações acerca de títulos públicos têm ganhado cada vez mais adeptos em todo o Brasil. Isso porque têm surgido nos últimos anos uma conscientização ampla sobre finanças e investimentos, que até outros tempos não era tão evidenciada no país.
Além disso, com a promulgação da PEC dos precatórios, muitos brasileiros começaram a buscar meios de entender, analisar e até mesmo negociar esses títulos públicos.
O motivo é simples: é muito mais rápido e ágil para quem decide vender o precatório, principalmente em casos onde não há o interesse de investimentos.
Para saber tudo sobre os títulos públicos e tudo que se relaciona no mercado financeiro sobre eles, confira o artigo exclusivo que preparamos e boa leitura!
Tesouro Direto: o que é e como ele atua em relação aos títulos públicos
Primeiramente, antes de entender o que são e quais os tipos de títulos públicos, é preciso compreender a função do Tesouro direto.
O Tesouro Direto teve sua criação em 2022 pelo órgão responsável pela gestão da dívida pública brasileira, o Tesouro Nacional. Sua função é facilitar o acesso de pessoas físicas na aquisição de títulos públicos do Governo Federal de forma direta. Ou seja, sem precisar de intermediários.
Em resumo, funciona assim: quem adquire um dos títulos públicos disponíveis, possui rendimento sobre ele. Em outras palavras, é como se a pessoa emprestasse com juros para o Governo Federal por um prazo determinado. Quanto maior o prazo, maior o rendimento dos juros.
Títulos públicos disponíveis pelo Tesouro Direto
Existem 3 modalidades de títulos públicos que podem ser comprados por um investidor através do Tesouro Direto. São eles:
- Título pré-fixados: com indicação para quem é mais conservador e prefere uma rentabilidade menor, porém fixa. Pode ter o pagamento dos juros no vencimento ou a cada semestre.
- Títulos pós-fixados: é uma modalidade entre os títulos públicos que pode oferecer maior liquidez, mas se atrela a uma rentabilidade variável. Isso porque acompanha a Taxa Selic, que sofre oscilações por diversas tendências e números no mercado.
- Títulos híbridos: como o próprio nome indica, é uma rentabilidade que se compõe através de uma parcela variável e outra fixa. Na maioria dos casos, costuma acompanhar a taxa que mensura a inflação, ou seja, o IPCA. Por ser híbrido, seus rendimentos também são, ficando em um intervalo entre os outros tipos de títulos públicos citados acima.
Taxas aplicáveis e valor mínimo para investir em títulos públicos
Conforme explicamos, investir em títulos públicos é o equivalente a financiar a dívida pública federal. E para isso, é preciso saber sobre os valores mínimos para este procedimento e como ele acontece.
De acordo com os critérios do Tesouro Direto, o mínimo para investimento é de 1% do valor do título e montante nominal de pelo menos R$30. Ou seja, o título pode ser fracionado para vários investidores e adquirido em lotes ou frações.
Por exemplo, um título com valor de R$120 mil possui cota mínima para investimento de R$1200. Assim como um papel de R$6 mil pode ser fracionado em 100 lotes de R$60, conforme decisão dos investidores.
O que considerar ao escolher um investimento em títulos públicos?
Por existir pessoas com diferentes perfis para investidor, há algumas dicas importantes para quem pretende começar a investir em títulos públicos. A primeira delas diz respeito a um planejamento recorrente e conhecimento de como você lida com oscilações de mercado. Isso porque não adianta focar no investimento de maior rentabilidade se você não possui equilíbrio emocional para acompanhar quedas bruscas em determinados momentos.
Outro ponto importante é a capacidade de diversificar o investimento em uma carteira com indexação de índices diversos. Ou seja, investir uma parte do dinheiro em títulos públicos pré-fixados e outra parte nos pós-fixados.
A proporção de cada um irá depender do seu conhecimento e da expectativa de retorno.
Saiba mais como escolher o título ideal para investir, considerando 3 planejamentos distintos.
O que fazer a curto prazo antes de investir em papéis do Governo Federal
Em um prazo próximo do investimento em títulos públicos, considere necessidades e imprevistos que podem acontecer. Por exemplo, uma demissão profissional, atendimento médico de emergência dentre outros. Logo, o melhor a fazer é ter uma parte do seu investimento dedicada ao saque imediato, como é o caso dos que possuem liquidez diária.
Médio prazo e planejamento
Após considerar o primeiro tópico, é o momento de ir além e colocar no papel os planos para o ano seguinte ou próximos meses. Por exemplo, a troca do carro, a reforma da casa, uma festa de casamento ou mesmo uma viagem.
A partir disso, invista uma parte do valor em títulos com curto período de saque, mas que não sejam diários. Há opções que permitem, por exemplo, um resgate entre o período de um ano ou dois. E certamente, possuem maior retorno financeiro do que aquelas com indexação diária.
Pense em um futuro a longo prazo para investimentos
Por último, é preciso considerar planos mais complexos e distantes, como é o caso da aquisição de um imóvel, os estudos de um filho ou mesmo tirar um ano sabático.
Nestes casos, você irá encontrar os maiores juros em seu investimento, mas só poderá resgatá-lo em situações específicas, que podem ser meses ou anos.
Principais vantagens de investir em títulos públicos do Tesouro Direto
Para finalizar, elencamos os pontos positivos de quem quer investir em títulos públicos. Eles podem ser resumidos em:
- Facilidade de investimento: investir em títulos públicos não exige um conhecimento vasto sobre a modalidade e é possível até encontrar sites e aplicativos com dicas sobre o assunto.
- Possibilidade de investir pequenos valores, a partir de 30 reais, até compreender melhor como funciona a aquisição de títulos públicos. Além disso, é um investimento com garantia do Tesouro Nacional, o que oferece segurança e prazos diversos.
- Chance de liquidez diária, mensal, semestral ou anual, conforme o perfil do investidor.
Taxas e tributos pequenos ou ausentes, conforme escolha do investimento.